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O nosso “marginal alado” se foi!

Posted by Rodrigo Verdini on 22:24
Foto tirada no show do Charlie Brown Jr. dia 19 de janeiro, no Citibank Hall.


   Parece que tudo não passa de um grande pesadelo, mas, infelizmente, é verdade! Alexandre Magno Abrão, o nosso Chorão, se foi!
Tem muito tempo que não tenho tempo ou disposição de escrever no blog, mas dessa vez tive que dar um jeito de vir aqui expressar um pouco do que eu, e muitos outros fãs, estamos sentindo.
   Hoje fui acordado com a notícia da morte do Chorão, dada pela minha mãe. Confesso que, em um primeiro momento, achei que pudesse ser brincadeira ou alguma confusão. Mas rapidamente conferi na internet pelo celular é tive certeza, era verdade. Chorão estava morto!
   Desde a minha adolescência fui fã do Charlie Brown Jr., adorava a música dos caras. Era o tipo de música que fazia com que você se identificasse em cada verso dela.
  Até mesmo o meu namoro, de mais de 2 anos, com minha atual namorada, começou e sempre foi pontuado por músicas do Charlie Brown Jr. Músicas como “Uma criança com seu olhar”, “Senhor do Tempo”, “Vícios e virtudes” e “Ela vai voltar”, foram a nossa trilha sonora todo esse tempo. Posso dizer que Charlie Brown Jr. é parte integrante e inseparável da minha vida. E Charlie Brown Jr. é Chorão!
Não dá pra negar, Chorão era a alma desse grupo. Ele fazia o Charlie Brown Jr. ser o que era. Não é a toa que foi o único integrante que jamais saiu do grupo. Ele não só era o letrista da banda, eu diria que ele era a alma da banda!
   Como pessoa muitos podem criticar e dizer que o Chorão era um louco, desequilibrado, drogado, ou outras besteiras do tipo. Pode até ser que muitas dessas acusações possa ser verdade, por um determinado ponto de vista, mas ele também era um filho preocupado com sua mãe doente, um pai amoroso com seu filho e um homem que amava de verdade sua mulher. O seu jeito explosivo podia incomodar a muito a alguns, mas sem esse jeito era esse, sem esse jeito o Chorão não seria o Chorão! A vida e tudo pelo que passamos ao longo dela, nos molda e a vida moldou o Chorão assim. E era assim que todos o admirávamos e amávamos.
   Apesar de ter vários CDs da banda, inúmeras músicas no celular e ouvir Charlie Brown Jr. quase todo dia, só em janeiro desse ano tive a oportunidade de ver um show do Charlie Brown Jr. Foi no dia 19 de janeiro, no Citibank Hall, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Fui com minha namorada, por tudo que a banda representava e sempre vai representar em nossas vidas. O que vi foi um cantor sensacional, que empolgou o público do início ao fim do show e que fez uma linda declaração para o seu filho, Alexandre Abrão, durante o show, olhando na lente da câmera de Alexandre, que era fotografo e cinegrafista oficial da banda.       Tenho certeza o filho de Chorão vai guardar para sempre aquela gravação, porque Chorão pareceu sincero em cada palavra de carinho que disse ali para o filho.
   Depois do show, acabamos ficando esperando a banda sair. Nunca fico esperando depois de shows, estou acabado, suado e sem voz de tanto cantar, prefiro ir para casa logo, mas, dessa vez, resolvi ficar. Foi bom, pois tive a oportunidade de ver todos de perto, tirar fotos, e apertar a mão, pela primeira e última vez, de um ídolo da música que jamais esquecerei.
   Não adianta ficarmos aqui discutindo porque isso aconteceu, isso, que vai determinar é a polícia e a perícia. O que importa é que já está feito, para nossa tristeza, não tem volta. Se foi um ataque cardíaco ou overdose isso só vamos saber daqui a alguns dias. O fato é que, mesmo que seja overdose, nunca saberemos se ele apenas estava triste e se drogou para fugir da realidade e acabou passando da conta ou se ele realmente não aguentava mais aquilo e quis realmente se matar. Apenas ele poderia responder isso e, infelizmente, ele se foi.
   Uma coisa é certa, o rock brasileiro fica órfão do melhor cantor de rock nacional surgido na última década. Charlie Brown Jr. é a melhor banda de rock nacional criada nos últimos 15 anos, digo isso sem medo de errar. E sem Chorão não existe Charlie Brown Jr. Me critiquem se quiserem.
  Como já vi postarem no facebook hoje, um ídolo não morre, vira lenda. E pra mim será sempre assim, Chorão jamais vai morrer, porque estará vivo em nossos corações. Parece que é a sina dos grandes nomes do rock morrerem cedo. Cazuza, Renato Russo, Raul Seixas, Fred Mercury e tantos outros, nos deixaram cedo demais. Deixando uma sensação de vazio em cada fã. Hoje o rock está mais triste. Adeus, Chorão! Voa pro céu, Marginal Alado!

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